Chinesa BYD arranja briga na Europa por vender elétricos baratos demais

Lançado por 29 mil euros, BYD Dolphin incomoda, por exemplo, a SEAT na Espanha.

A montadora chinesa BYD está dando o que falar na Europa. Ela acaba de desembarcar no continente com seu modelo BYD Dolphin, um elétrico cheio de detalhes tecnológicos, mas que consegue ser muito barato e fazer frente a modelos de entrada a combustão.

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O resultado disso é dor de cabeça e reclamação por parte das marcas tradicionais europeias. A Stellantis, dona da Fiat, Peugeot, entre outras, tem pressionado as autoridades do continente a tomar medidas protecionistas para evitar a chegada em massa de modelos da China.

Na Espanha, o Dolhpin já tem feito frente ao nacional SEAT León, que compartilha plataforma com modelos Volkswagen e é um dos queridinhos dos espanhóis.

Aqui no Brasil, a BYD tem grandes planos de expansão. Uma das possibilidades é comprar a antiga fábrica da Ford na Bahia. O Dolphin também deve pintar por aqui em algum momento.

Como é o BYD Dolphin

Presente na China há mais tempo, o Dolphin foi remodelado para estrear na Europa. A principal mudança foi no tamanho. Em vez dos 4,07 metros de comprimento, a versão europeia tem 4,29 metros, o equivalente a um Chevrolet Tracker.

São quatro versões. A mais básica parte de 29 mil euros e vem com itens como câmera 360, ACC e alerta de ponto cego, entre outros, além de motor elétrico de 95 cavalos. A segunda versão acrescenta mais potência ao motor, além de rodas maiores, por 1.600 euros a mais.

A terceira versão custa 35 mil euros e acrescenta motor de 204 cavalos, além de equipamento de som da Dicac, com 8 caixas. Já a topo de linha vem com teto solar e carga bidirecional – o carro pode carregar itens eletrônicos. A versão mais cara sai por 37 mil euros.

A BYD não vai parar por aí. A empresa estuda lançar uma versão mais enxuta do Dolphin, e arranjar briga de vez com os europeus quando estes virem o preço que ela quer cobrar: pouco mais de 21 mil euros pelo carro.

China x mundo

Em geral, tudo o que vem da China costuma ser mais acessível. Isso se deve em parte à mão de obra mais barata na China e à infraestrutura de produção em larga escala. A comparação com a Europa torna isso ainda mais evidente. As montadoras chinesas também podem se beneficiar de incentivos governamentais para a fabricação e venda de veículos elétricos.

No entanto, à medida que a tecnologia dos carros elétricos avança, algumas montadoras europeias começaram a competir diretamente com as marcas chinesas em termos de preço. Empresas como Renault, Volkswagen e Peugeot têm lançado modelos mais acessíveis para atender à crescente demanda por veículos elétricos. Além disso, a produção local na Europa também pode ajudar a reduzir custos.

Outro aspecto que afeta os preços é a qualidade percebida e o prestígio das marcas. Algumas montadoras europeias têm uma longa história e uma reputação estabelecida, o que pode influenciar os preços dos seus veículos elétricos. Os consumidores muitas vezes estão dispostos a pagar um prêmio por um carro elétrico de uma marca europeia bem conhecida.

É importante notar que essas tendências de preços estão em constante evolução. À medida que mais montadoras entram no mercado de veículos elétricos e a competição aumenta, é provável que vejamos uma maior diversidade de preços e opções disponíveis tanto para carros elétricos chineses quanto para europeus.

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Joaquim Cláudio Santiago
Joaquim Cláudio Santiago
1 ano atrás

Os chineses vão ‘esmagar’ a concorrência e isso é bom demais .

Deolho
Deolho
1 ano atrás

Bom pra quem? Pra china que quer quebrar a economia da Europa? Pq os carros europeus são fabricados na Europa, empregando milhares de trabalhadores, e se as montadoras de lá quebrarem esse pessoal perde o trabalho. O correto é o governo baixar os impostos! Bem como aqui no Brasil! Só que aqui e na Europa, os governos só querem aumentar os impostos pois precisam de cada vez mais dinheiro pra sustentar o estado e as “bolsa-tudo”.

Ricardo
Ricardo
1 ano atrás
Responder para  Deolho

Então a Europa é o mundial precisa ser adaptar para concorrer com produtos mais baratos

Elvis
Elvis
1 ano atrás
Responder para  Deolho

Ué? Mas isso é livre mercado, competição de preços é o que gera competitividade

Hélio Takeshi
Hélio Takeshi
1 ano atrás

No Brasil chegaram em 2010 os primeiros carrinhos chineses com tudo de eletrônico embarcado inclusive ABS. Por 19000 Reais. Na época o uno pelado (roda, volante, motor, vidro e lata 23000 Reais). O André Beer pressionou e obrigou a Chinesesc aumentar para 31000 Reais e abrir uma fábrica para 200000 carros por ano. Abriram em 6 meses. Depois o que? O jeito era sofisticar os já presentes. Conclusão:
-Só, menos 1% dos brasileiros podem comprar carro zero km, ou seja, a oitava economia do Mundo não compra carro a não ser o super valorizado usado. Tenho um Fiat 2011, ( 12 anos, parece uisque ) vale 20000 a 23000 Reais na tabela Fipe e Mercado Livre.

Fabio
Fabio
1 ano atrás

Só na Europa então, pq aqui não vi nada que preste

Luiz Gonzaga dos Santos
Luiz Gonzaga dos Santos
1 ano atrás

Estou aguardando a evolução dessa concorrência de preços de carros elétricos. Vai chegar aqui no Brasil bem mais barato.

Deolho
Deolho
1 ano atrás
Responder para  Luiz Gonzaga dos Santos

Tbm não vejo a hora, pra forçar o governo a baixar os impostos.

Manoel Martins
1 ano atrás

Então se nós convertemos esses veículos que já estão rodando ajudaria a sustentabilidade, e não precisava brigar com montadoras, nós já estamos fazendo conversão de carro a combustão para elétricos 100% .

Igor
Igor
1 ano atrás
Responder para  Manoel Martins

Vc já viu o preço da conversão? Vc paga e ainda tem que deixar o motor do seu carro de graça pra quem fez a conversão. Outro detalhe é que atualmente são 3 carros que estão sendo convertidos, não são todos. E o pior de tudo que eles não falam, regularizar e colocar no doc é muito pior do que regularizar carro a GNV. A conversão existe sim, mas ainda não vale a pena .

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