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Com volta do ‘C3 aventureiro’, Citroën usa táticas da Fiat para buscar espaço no mercado

Desde a junção dos grupos Fiat e Peugeot, que formou a Stellantis, o grupo tem trabalhado em um reposicionamento das marcas. A tática atual é reposicionar a Citroën como a marca de carros mais acessível do grupo, posição que antes até então era da Fiat. Agora a marca também vai adotar a tática de ‘versões aventureiras’ para seus modelos C3 e Aircross.

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O C3 XTR resgata o nome que a Citroën já usou entre 2006 e 2012, quando já adotava tática similar da Fiat com o Palio Adventure e a Volkswagen, com o Crossfox. Se na época a marca tentava acompanhar a concorrência, agora vai receber a ‘maquiagem off-road’ da mesma equipe que ficou expert em criar estas versões na própria Fiat.

Marca quer ser popular

A Stellantis está tentando posicionar a Citroën como a marca com produtos mais baratos do grupo, ainda que isso tenha parecido (muito) trabalhoso. A primeira mudança da Stellantis neste sentido foi com o lançamento do C3 atual, em sua versão mais básica, em uma faixa de preços similar à do Fiat Mobi, sendo que agora ambos têm o mesmo motor.

O carro da Citroën, no entanto, é mais espaçoso e é um projeto mais recente, o que leva à especulação de que o Mobi talvez não tenha um substituto no futuro e a Citroën ocupe sozinha dentro da Stellantis esta posição com o C3. Esse era o plano inicial, mas não será uma decisão fácil para o grupo, visto que mesmo o C3 sendo um produto melhor que o Mobi, continua vendendo pouco: emplacou em seis meses deste ano o mesmo que o Mobi emplaca em apenas um.

A novidade agora é o anúncio que o C3 e o Aircross estarão disponíveis em uma versão XTR, com características “aventureiras”, como a Fiat fez por anos com seus modelos e a própria Citroën chegou a copiar no início dos anos 2000 utilizando este mesmo nome (XTR). O visual dos modelos ainda não foi divulgado, nem a motorização. Atualmente a linha C3 possui os motores 1.0 aspirado, de 75cv, e o 1.0 turbo, de 130cv.

Aventureiros de shopping

As versões chamadas aventureiras recebem adesivos e adereços que tornam o visual do carro “off road”, mas que na verdade se tornam um apelo alegórico. O mais perto que a Fiat chegou de algo off road foi quando colocou o sistema locker nestas versões, que trava uma das rodas e auxilia de alguma forma o motorista sair de uma situação de atolamento pouco adversa.

Citroën XTR recebia apliques de plástico preto para ser ‘aventureiro’ entre 2006 e 2012 (foto: reprodução)

De outro ponto de vista, as versões aventureiras de veículos têm boa aceitação pelo interior do Brasil por um motivo específico: normalmente estes modelos têm maior altura em relação ao solo, o que ajuda e muito em estradas de terra e terrenos acidentados.

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