Há uma batalha no horizonte ainda nova para o mercado, um enfrentamento direto entre veículos elétricos que estão na faixa dos R$ 100 mil, o que é considerado acessível para uma parcela dos brasileiros. Leve em consideração que os carros à combustão atualmente partem de R$ 70 mil.
Novo E-Kwid

De um lado a Renault apresentou um renovado Kwid Elétrico. Interessante pelo preço de R$ 100 mil, mas um veículo que não teve vendas expressivas no Brasil por dois motivos. O primeiro é que o veículo até então é considerado muito básico perto dos concorrentes chineses. O segundo é que o próprio volume importado pela marca não é expressivo perto do que os concorrentes vêm trazendo.
A Renault inicia uma tentativa de mudança importando a nova versão do modelo, que também vem da China, e é um irmão gêmeo do Dacia Spring. Como a Dacia renovou o visual do seu modelo para os europeus e os veículos saem da mesma linha de produção, o carrinho acabou mudando para nós também.

O mais importante aqui é que o novo visual do E-Kwid o afasta bastante da verão à combustão, que ficou conhecida por ser um produto mais barato da Renault. O E-Kwid tem acabamento mais para Kardian do que para Kwid, essa é a real. O motor não mudou, continua o elétrico de 65cv com autonomia para 180 quilômetros. É o suficiente para quem faz uso urbano do veículo, não para quem pega estrada para longas distâncias.
Para sinalizar aos possíveis compradores que o carro não é um “Kwid de 100 mil”, a Renault adicionou câmera traseira, sensores de estacionamento – inclusive na dianteira, sensores para frenagem automática de emergência, reconhecimento de placas de trânsito e sensor de fadiga. Melhorou muito em relação ao modelo anterior. Mesmo com essas mudanças a Renault manteve o preço do veículo em R$ 100 mil e agora ele é um sério concorrente para o BYD Dolphin Mini.
Novo Dolphin Mini é montado no Brasil

O Dolphin Mini é uma grande sacada da BYD quando viu que o Dolphin havia agradado o brasileiro e que poderia atingir outras faixas de interessados. A estratégia começou quando a marca rebatizou o veículo, que na China se chama “Seagull”, para pegar carona no sucesso do Dolphin.
A novidade da BYD é que o Mini passou a ser montado no Brasil. As peças continuam vindo da China e o carro é apenas montado em Camaçari, na Bahia. Os minis nacionais terão uma opção mais em conta, que poderá sair por R$ 98.500 para taxistas, que levará uma bateria menor.

Assim o BYD Dolphin Mini terá um motor com os mesmos 65cv do concorrente da Renault, mas com uma bateria com autonomia de 250 quilômetros. Leva essa pequena vantagem, mas a bateria demora um pouco mais para carregar em relação ao BYD Dolphin com a bateria de 350 km de autonomia.
A versão mais em conta do BYD Dolphin mini perdeu itens, como carregador de celular por indução. Não tem assistente de direção e os sensores que agora chegaram no E-Kwid. Nesse ponto perdeu pontos em relação ao Renault.