sexta-feira, 26 de julho de 2024

Os cinco motores que revolucionaram o mundo

Seja pelo encarecimento dos combustíveis, seja pela preocupação ambiental ou pela evolução dos motores elétricos, que recebem cada vez mais dinheiro para desenvolvimento, a eletrificação de toda a frota mundial de automóveis é algo que deve ocorrer nas próximas décadas. O que poucos sabem é que o motor elétrico é mais antigo do que o movido a combustão.

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O Turboway reuniu os cinco motores que revolucionaram o mundo, principalmente no mercado de carros.

Motor a vapor

A primeira máquina a vapor é bem antiga. A eolípila foi criada pelo matemático e mecânico grego Heron de Alexandria, no século I. Consistia em uma esfera oca abastecida por água que, quando aquecida, produzia vapor e movimentava a esfera. Não tinha nenhuma função muito prática além de adornar os templos da época.

Foram necessários séculos para que o inventor francês Joseph Cugot usasse a ideia do vapor para o primeiro veículo autopropulsionado do mundo, conhecido como a Locomotiva de Cugnot, em 1769. Anos depois, a revolução veio com o engenheiro britânico James Watt, que conseguiu tornar o motor eficiente e a ideia se espalhou.



“Locomotiva de Cugot” foi o primeiro veiculo autopropulsionado do mundo

Nos automóveis, foi preterido pelo motor a combustão, mas o vapor não saiu de cena. Ele é responsável por 85% de toda a geração de energia os Estados Unidos, mas em vez dos motores são utilizadas as turbinas a vapor.

Motor a combustão

Foram muitos os inventores que contribuíram pouco a pouco com a criação do motor movido a combustão. Mas foi o alemão Karl Benz que conseguiu criar e iniciar a produção comercial de um veículo movido a gasolina, em 1886.

O motor de Benz era um monocilindro de quatro tempos, que gerava apenas 0,75 cavalo. Tinha uma admissão automática de combustível, válvula de escape controlado e era refrigerado por evaporação de água e termofusão.

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Apenas um cilindro: este foi o primeiro motor a combustão com produção comercial do mundo

O sobrenome Benz é o mesmo da marca Mercedes-Benz, junção das empresas de Karl Benz e da Daimler, logo depois da Primeira Guerra Mundial.

Motor a diesel

No início do século XX os motores a vapor e a combustão conviviam pacificamente, ambos com seu mercado cativo. Mas um engenheiro alemão se sentiu desafiado a criar um motor mais eficiente, já que o vapor e a gasolina convertiam apenas 10% do calor gerado em força.

Ainda na faculdade, Rudolf Diesel ficou encantado de saber que na teoria era possível fazer um motor a combustão interna com 100% de eficiência, mas que até o momento ninguém havia realizado tal façanha. Foi o suficiente para ele se debruçar por anos para tentar chegar lá.

Ao final da vida, jamais conseguiu os 100%. Chegou na casa dos 30%, o triplo dos motores anteriores. Hoje, os mais eficientes do mundo conseguem aproveitar 50% da energia produzida..

O primeiro motor a diesel do mundo

O segredo foi comprimir o ar separadamente do combustível. Diferentemente dos motores comuns, em que a queima ocorre com a fagulha da vela, no motor a diesel, o ar quente da compressão causa a combustão assim que o combustível é injetado.

Curiosamente, os motores criados por Rudolf Diesel nunca receberam óleo diesel, uma invenção posterior. Ele abastecia seus motores com óleo de amendoim e, por isso, o engenheiro é também o precursor do biodiesel.

Motor turbo

Luis Renault teve uma ideia em 1902: sobrealimentar um motor com ar, aumentando a pressão dos gases de admissão e do cilindro dos motores, por meio de um ventilador ou um pequeno compressor. Ele patenteou o que seria o primeiro turbo, mas não o aplicou.

O princípio do turbo: levar muito ar comprimido para dentro do motor

Três anos depois, o suíço Alfred Büchi patenteou outro dispositivo com um princípio parecido mas que ia além: um compressor centrífugo e uma turbina acionados por gases do escapamento. Foi este segundo produto que foi desenvolvido e culminou no que é hoje o turbo moderno.

Motor elétrico

Por incrível que pareça, o motor elétrico é uma invenção anterior ao movido a combustão. E assim como ele, são muitos os pais. Teve Michael Faraday, o primeiro a construir um aparelho para produzir rotação eletromagnética, em 1821; teve o alemão Werrner von Siemens, que criou o primeiro gerador de corrente contínua autoinduzido, em 1886.

Também teve Nikola Tesla, que apresentou, em 1887, um pequeno protótipo de motor de indução bifásico com rotor em curto-circuito. E o engenheiro russo Dolivo-Dobrovolski, o primeiro a fabricar em série motores elétricos assíncronos, em 1891. E muitos outros.

Motor elétrico: hoje algo corriqueiro, ainda é um desafio equipar um carro com praticidade e baixo preço

Fato é que ainda são necessários novos pais para que os motores ganhem de fato destaque debaixo do capô de um carro. Hoje em dia, o principal desafio nem é o motor em si, mas as baterias necessárias para alimentá-lo por um período satisfatório. Enquanto a engenharia moderna ainda tenta desenvolver baterias ao mesmo tempo com grande capacidade, velocidade de recarga e baixo peso, países como os da União Européia forçam o uso cada vez maior do carro elétrico, ainda em estágio de desenvolvimento.

Publicada originalmente em

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