
O Salão do Automóvel de São Paulo acontece entre os dias 22 e 30 de novembro no Anhembi, em São Paulo. Durante sete anos o evento não foi realizado. Em 2020 o evento não foi realizado devido à pandemia de Covid19 e nos anos seguintes não houve consenso entre os realizadores e as marcas.
Essa falta de consenso dos grupos automotivos ficará demonstrada pela falta de várias marcas tradicionais no evento deste ano. Chevrolet e Volkswagen, por exemplo, não estarão no Salão. Por outro lado, as novas marcas que estão se estabelecendo no país, como BYD e Changan, estarão por lá.
Os ingressos custam entre R$ 63 e R$ 1000, onde R$ 63 reais é a meia-entrada para todos os dias do evento, exceto o primeiro dia, que é a festa de lançamento, que sai por R$ 1000. Os ingressos podem ser comprados no site do evento (aqui).
Veja abaixo o que você pode esperar do salão deste ano:
Novas marcas
O ponto forte do evento deve ser o primeiro contato do público com marcas que estão estreando no país. A Leapmotor está chegando por meio da Stellantis para bater de frente com as chinesas com seus carros elétricos. A grande aposta da empresa é o C10:

A Caoa também vai apresentar novidades no Salão. Além de mostrar novos modelos da Chery, como o Tiggo 9, o grupo brasileiro vai apresentar oficialmente sua nova marca, a Caoa-Changan, uma nova parceira que vai ocupar a lacuna que a Hyundai deixou ao se desfazer da Caoa como parceira.

Além das que citamos acima, as chinesas BYD, GAC, Geely, GWM, Omoda & Jaecoo estarão por lá. A BYD tentando se consolidar como uma marca inovadora com seus modelos em plena expansão vai apresentar sua marca premium, a Denza. A GWM deve apresentar melhorias na linha Haval e a sua nova picape Poer que chegará em breve.
Outra novidade será a MG Motor (Morris Garage), marca que nasceu no Reino Unido e que hoje pertence aos chineses. A MG tem modelos muito interessantes e já está presente há anos em outros mercados vizinhos, como o Chile, onde já chegou a figurar entre os veículos mais vendidos.

Tradicionais
A ausência de Audi, BMW, Chevrolet, Ford, Nissan, Mercedes-Benz, Porsche e Volkswagen farão muita falta e vão tirar um certo peso que o evento sempre carregou, afinal neste meio estão a vice-líder e a terceira colocada de mercado. Ambas com inúmeras novidades para os próximos anos e que não estarão expostas ali.
Quem vai suprir o espaço das tradicionais é a Stellantis, que vai levar além da Leapmotor toda a sua gama brasileira, incluindo aí a Fiat, Citroën, Peugeot, Jeep e Ram.
A Fiat vai fazer praticamente um teste de aceitação de seu 600, que é um produto que já é vendido na Itália há dois anos e já foi lançado na Argentina. No Salão ele estará em uma versão elétrica e esportiva.

A Peugeot vai também apostar em um elétrico como carro-chefe no Salão. O E-208 GTI é o Peugeot mais potente que temos atualmente e é totalmente elétrico com motor de 280cv e 35,2 kgfm de torque, acelerando de 0 a 100 km/h em 5,7 segundos e velocidade máxima de 180 km/h.
A Honda está em plena campanha de lançamento do seu novo WR-V e ele será o destaque do stand da empresa. A Renault também está em campanha de divulgação do Boreal, que representa a tentativa da marca francesa em entrar em um mercado em uma faixa acima do que ela atuava, agora batendo de frente com os modelos da Jeep.
Aliás, ficamos na expectativa para ver o que a também “reestreante” Geely apresentará no salão. A marca acaba de comprar uma parte da Renault no Brasil e dividirá com ela a linha de produção. A Geely já atuou no Brasil no passado, mas foi embora após uma estratégia errada e vendas irrisórias.
A Ram vai exibir ao público a sua nova picape Dakota, que é uma aposta da marca para levar um pouco do mercado hoje disputado por Hilux, S10 e Ranger. A Dakota, no entanto, nada mais é do que uma versão de luxo da Fiat Titano.



