sábado, 27 de julho de 2024

Carro zero americano sofre com alta de preços

Está cada vez mais difícil encontrar modelos por menos de US$ 20 mil.

Não é só o brasileiro que anda sofrendo com a escalada de preços dos carros. O mercado americano também vem enfrentando altas constantes. Por lá já pode ser constatado o que muitos temiam: está cada vez mais difícil achar carros por menos US$ 20 mil. E não é só por causa da recente falta de chips semicondutores.

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Até pouco tempo atrás, praticamente todas as montadoras possuiam em seus portfólios carros não só de entrada como também pequenos crossovers focados naqueles compradores de primeira viagem. Eram carros completos em comparação com o nosso mercado, mas considerados ‘pelados’ por lá. Mas tinha baixo consumo de combustível e vinham com garantia considerada boa para os americanos. E o principal, custavam US$ 16, 17, 18 mil dólares.

Carro zero americano

Contudo, a indústria local deu uma guinada. O público passou a preferir crossovers mais tecnológicos e, com a taxa de juros muito baixa, começou a consumir carros com preços acima dos US$ 20 mil.

Desta forma, grandes montadoras reviram seus negócios. A Chevrolet parou de vender o Sonic, a Ford tirou de linha a dupla Fiesta e Focus, e as japonesas Honda e Toyota acabaram com o Fit e o Yaris, focando esforços nos carros maiores – e mais caros.

Além disto, os carros de entrada que ficaram no catálogo ganharam valor agregado. Assim, o preço médio dos veículos americanos saltou para US$ 42 mil por venda – cerca de R$ 238 mil. E como em qualquer mercado, o preço dos usados também está acompanhando a alta: já chegou ao preço médio de US$ 28 mil – R$ 159 mil.

Falta de chips, frete… o carro americano está mais caro

Os concessionários também estão sofrendo para entregar os modelos. Por falta de chips, as lojas não conseguem estocar unidades. “Tem sido um problema para compradores de primeira viagem, estudantes ou qualquer pessoa que esteja atrás de um carro barato, afirmou ao site AutoNews o CEO de uma rede de concessionárias da Califórnia.

Mark Reuss, presidente da GM, disse recentemente que a montadora não desistiu dos carros abaixo dos US$ 20 mil. “Costumávamos oferecer muitos carros neste segmento, mas ele secou. Não foi por falta de opção, foi por uma questão de mercado. Eu adoraria ter carros nesta faixa de preços”, disse.

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Uma das poucas opções da montadora abaixo deste teto de preços é o Chevrolet Spark automático, que custa US$ 16 mil, incluindo o frete. O frete, aliás, é outro vilão da alta de preços. O serviço de entrega dos carros vem sofrendo com a inflação e já chega a custar mais de mil dólares por modelo. A Nissan, por exemplo, até vende o Sentra e o Kicks por menos de US$ 20 mil, mas, com o frete, os modelos acabam custando acima deste valor.

A Ford esperava vender a picape Maverick por US$ 20 mil cravados, mas com a taxa de entrega o preço final sai por US$ 21.490 – cerca de R$ 122 mil.

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