domingo, 19 de maio de 2024

Dez curiosidades do Celta 20 anos após lançamento

O Chevrolet Celta acabou de completar 20 anos do seu lançamento que ocorreu em 2 de setembro de 2000


O novo Chevrolet de baixo custo tinha como missão bater de frente com o icônico Fiat Uno que, cansado depois de anos de carreira, tinha como custo o seu principal atrativo na época.

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O novo GM popular vinha para aliar baixo custo com um design moderno e cativou vários clientes quando novo e até hoje é muito bem aceito no mercado de usados.

Reunimos aqui 10 curiosidades sobre o popular da GM:

1 – Inspiração do design

Como novo carro de entrada da marca, a Chevrolet fez um carro simples e bonito com desenho exclusivo, assinado pelo designer Paulo Konno. Usou como inspiração linhas dos modelos que eram vendidos por ela na época.



A dianteira claramente inspirada no Vectra B, segunda geração do Vectra vendida no Brasil, a lateral arredondada semelhante ao Corsa vendido na época, o qual utilizava a mesma plataforma e o recorte da porta das versões 2 portas inspirados no Tigra, coupe vendido pela GM por aqui em 1998 e 1999

Traços do Celta por Paulo Konno

2 – Ar condicionado?

Quando foi lançado, em setembro de 2000. A Chevrolet não disponibilizava ar condicionado nem como opcional para o seu novo popular de entrada.
Só foi possível não passar calor no Celta no ano seguinte quando a GM passou a disponibilizar o item como opcional.

Depois de 2013, a GM começou a se esforçar para oferecer um Celta mais completo pra tentar manter presente num mercado dominado por novidades e pelos chineses recém chegados com custo-benefício BEM chamativo.

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3 – Arara com 4 tons de azul

O Projeto do Chevrolet Celta teve como nome interno na GM de “Blue Macaw” ou Arara Azul. Durante a sua carreira ele teve 4 tons de azul.

No ano de lançamento a cor era o Azul Corsário, perolizada. Em 2003, ano que ganhou o motor VHC teve a opção da cor metálica Azul Cepheus.

De 2004 a 2007, o azul passou a ser o Santorini: mais escuro e sólido. E em 2014 compartilhou com o Onix a cor Azul Sky.

Celta Azul Corsário perolizado. A cor durou tão pouco quanto a Azul Cepheus da linha 2003

4 – 2 Motores e 4 Atualizações

Foram oferecidos 2 motores para o Celta. 1.0 8v família 1 que passou por 4 atualizações e o motor 1.4 que teve apenas a versão a gasolina. 1.4 flex somente no Prisma.

De 2000 até 2002 foi oferecido o motor 1.0 8v chamado de MPFI com 60 cv somente a gasolina. Na linha 2003, o motor 1.0 8v passou a receber a sigla VHC (Very High Compression) e passou a ter 70 cv movido a gasolina.

Em 2006 o motor 1.0 8v ganhou tecnologia flex e manteve os 70 cv no etanol ou na gasolina. Em 2009 a última atualização que permaneceu até o fim, a GM extraiu mais 8 cvs do motor VHC e passou a chamá-lo de VHCE. O motor 1.4 foi oferecido no Celta da linha 2004 a 2006 em todas as versões.

O motor 1.0 mais potente que o Celta já teve: VHCE com 78 cavalos no etanol. Pura emoção na saída do farol aliada ao câmbio curto de 5 marchas

5 – Carro de entrada com mais entradas

Inicialmente vendido apenas com 2 portas, o Celta só foi ganhar mais um par de portas na linha 2003 junto com o motor VHC. Só pra confirmar: não existe Celta 4 portas com motor MPFI. E decolou nas vendas. Tanto que em 2014 a GM permaneceu apenas com a versão 4 portas até o fim do modelo no ano seguinte.

Lançamento do Celta com opção de 4 portas na cor Azul Cepheus

6 – A luz da mudança

O Celta é um dos únicos, se não for o único modelo da GM da época, que não tem o interruptor dos faróis e lanternas no painel.

Ao contrário dos demais Chevrolets, onde o interruptor fica em um botão giratório no painel do lado esquerdo do volante, o interruptor pra ligar os faróis fica junto da chave de seta a esquerda do volante. Por falar em chave de seta, era na extremidade dela que ficava a buzina até a reestilização na linha 2006.

Na alavanca de seta ficam os comandos dos faróis e na extremidade a buzina do Celta até 2006. Detalhe do interior do modelo 2000 de painel claro.

7 – Celta Sedan

No fim 2006, depois da primeira reestilização do modelo, finalmente foi lançada a tão aguardada versão sedan, batizada de Prisma.

Vinha somente com motor 1.4 bicombustível, batizado de Econoflex. Chegava aos 97 cavalos com etanol. O Chevrolet Celta nunca teve essa versão Flex do motor 1.4 e a versão a gasolina saiu no mesmo ano de chegada do Prisma e nunca mais voltou. Uma pena.

Em 2009 o Prisma passou a ter a opção de motor 1.0 VHCE junto com o 1.4 Econoflex. O Prisma tinha algumas diferenças em relação ao Celta.

Uma delas é a nomenclatura das versões. Enquanto Celta tinha versões Life, Spirit e Super (assim como o Classic), o Prisma tinha versões Joy e Maxx, como os carros das categorias acima do Celta como Corsa e Meriva.

Essa nomenclatura foi padronizada (LS, LT, LTZ) pra todos os modelos na linha 2012. Outra diferença era a abertura interna do porta malas que o Prisma oferecia e o Celta nunca teve.

Apesar de mais moderno que o Classic, nunca conseguiu substituí-lo

8 – Versões curiosas

Como era um carro popular, o Celta não teve muitas versões além das conhecidas LS, LT, Life, Spirit e Super. Mas as poucas que tiveram são bem curiosas:

Celta Piquet
Em 2003, a GM reviveu a série “Piquet”, já feita no Corsa na década de 90. Em uma parceria com a Assolan, foram sorteados 30 carros que além de adesivos da versão, eram pintados da cor amarela e tinham um kit aerodinâmico, rodas de liga aro 13, quatro portas e motor 1.0 VHC da época.

Celta Off Road
Essa não era bem uma versão, era um kit de acessórios oferecido pela GM pra qualquer versão do modelo, pra deixar com visual fora de estrada, como o nome sugere.

A Chevrolet aproveitou a onda de carros aventureiros urbanos da época, mas o grande problema era que a suspensão continuava a mesma. O que destoava da proposta inicial e do visual do carro com os acessórios. Resumindo: Era só perfumaria mesmo.

Kit Off Road deixava o Celtinha invocado, mas ainda assim não dava o poder de enfrentar um fora de estrada. Era oferecido para modelos novos ou não, em qualquer versão.


Celta Energy: Era a versão topo de linha do Celta na linha 2004. Basicamente uma versão Super com motor 1.4 a gasolina com 85 cv. Internamente se diferenciava pelo acabamento prata e pelo conta-giros no painel

Celta Advantage: Tinha ar condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, interior com painel mais claro do que o restante da linha, faróis máscara negra,
rádio com bluetooth e pintura metálica única na cor cinza sand. Era a versão mais completa da linha Celta em 2014, e se bobear a mais completa em todos os anos da existência do modelo.

Celta Advantage: O mais completo que já existiu

9 – Na Argentina, ele era divertido

Na Argentina, o Celta teve a identidade trocada. Por lá, ele era vendido com o logotipo da Suzuki e foi rebatizado para Fun. Ele não era 100% igual ao vendido aqui no Brasil.

O pacote de equipamentos era o mesmo, mas o tanque de combustível era menor: 46 litros do argentino contra 54 litros do Brasileiro. O motor também era diferente. Nada de 1.0! Somente 1.4 a gasolina na Argentina. O motor mais forte justifica bem o nome Fun.

Sabe o que tem atrás desse emblema da Suzuki? Uma gravata!

10 – Segurança pra quê?

Testes de colisão realizado pelo Latin Ncap em 2012 mostrou que o Chevrolet Celta não é muito seguro. Numa avaliação de até 5 estrelas, ele conseguiu com muito custo apenas uma. Airbags e ABS são itens que se não tivesse se tornado obrigatório a partir de 2014, o Celta nunca teria. A GM ainda se antecipou e, antes de se tornar obrigatório, já passou a oferecer como opcional em abril de 2013.

Por algum tempo, rumores diziam que seria substituído pelo Chevrolet Spark, mas acabou não tendo sucessor direto. O Onix Joy atualmente tenta ocupar a faixa de mercado dele. E não parece que a Chevrolet está a fim de fazer um outro carro de entrada tão cedo. Gostou da lista? Tem ou já teve Celta? Comenta aí.

Publicada originalmente em

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