O gosto do americano por carros grandes é inegável, tanto que os veículos que mais vendem são picapes grandes e SUVs. Mas, aos poucos, as montadoras estão acabando com a opção dos clientes que quiserem comprar carros pequenos e mais baratos.
A Toyota já anunciou que vai retirar o Yaris do mercado americano. A Honda vai fazer o mesmo com o Fit (que nos EUA se chama Jazz). A Mazda já tirou de linha o Mazda 2. Mesmo veículos um pouco maiores, como o Hyundai Elantra também devem sair do rol de opções para os clientes.
Mesmo as fabricantes americanas tradicionais, como Ford e GM, não têm mais muita variedade de carros menores. Elas já anunciaram que vão parar de fabricar hatches, sedãs e peruas para priorizar os SUVs e picapes. A Ford, por exemplo oferece apenas o Fusion e o Mustang, contra 8 SUVs/Crossovers e 3 picapes grandes. A Chevrolet tem um único veículo de entrada no catálogo: o Spark, que custa a partir de 16,6 mil dólares.
Dessa forma, o preço médio do veículo americano está subindo. Cada um dos 17 milhões de carros vendidos em 2019 saiu por um preço médio de 39 mil dólares. Em 2008, a média era de 30 mil dólares por veículo.
SUVs geram mais lucro
De uma forma geral, carros maiores e mais caros têm uma margem de lucro maior. Enquanto uma fabricante precisa vender vários pequenos para ter uma considerável margem de lucro, com os grandes o número de vendas é menor. É assim que atuam as marcas de luxo, que vendem poucos mas lucram bem, ou as marcas populares, que vendem muito e lucram igual.