O corte de impostos nos combustíveis causou a primeira deflação mensal do país em 2 anos, aponta o IPCA. O preço da gasolina caiu 15,4% em julho, e o do etanol, 11,3%, ajudando a retrair a inflação em 0,68%.
Apesar da queda, a inflação acumulada em 12 meses ainda está em dois dígitos: 10,07%. Além disso, outros grupos econômicos como alimentação tiveram alta em julho, pressionando parcelas vulneráveis da população.
O combustível que poderia frear mais os preços de bens e produtos por impactar mais o frete, que é o diesel, permaneceu estável em julho. O óleo diesel não participou do pacote de bondades fiscais.
Economistas alertam que a queda artificial de preços, por meio de renúncia fiscal, que é o caso do Brasil, não garantirá que a inflação ficará baixa nem mesmo no curto prazo. Em 2023 a deveremos pagar a conta, não importe quem vença as eleições de outubro, alertam os especialistas.
De 10 segmentos pesquisados pelo IPCA, 6 tiveram alta em julho:
| Segmento | resultado em julho |
| Alimentação e bebidas | 1,30% |
| Habitação | -1,05% |
| Artigos de residência | 0,12% |
| Vestuário | 0,58% |
| Transportes | -4,51% |
| Saúde e cuidados pessoais | 0,49% |
| Despesas pessoais | 1,13% |
| Educação | 0,06% |
| Comunicação | 0,07% |



