sábado, 27 de julho de 2024

Montadoras esperam levar dois anos para reverter prejuízos da pandemia

Um levantamento feito com 161 executivos de empresas do mercado automobilístico revelou que o setor estima em até dois anos o prazo para a reversão dos impactos causados pela Covid-19.

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A pesquisa “Cenários para a indústria automotiva 2021” foi feita pela Automotive Business em parceria com a empresa de consultoria Roland Berger. Os dados foram colhidos em fevereiro deste ano e além de presidentes, vice-presidentes e diretores de montadoras, foram ouvidos profissionais de outros cargos, de diversas áreas e ramos, totalizando 532 participantes.

Indústria automobilística

Quando perguntados sobre o prazo estimado para recuperação dos impactos da pandemia, 44% disseram esperar de 1 a 2 anos pela reversão; 25% imaginam que levará de 7 meses a 1 ano; 20% de 2 a 5 anos; 9% até 6 meses e 2% mais de 5 anos.

Entre as principais medidas tomadas para evitar maiores prejuízos na pandemia, foram citados o corte de custos (48%), demissões (36%), venda de ativos (19%) e encerramento de projetos de inovação (14%).

Na visão do setor, a principal medida que o governo deveria tomar para estimular a retomada da atividade é a vacinação, para 86% dos entrevistados. Já o fator-chave para a empresa obter saúde financeira, rentabilidade e crescimento em 2021 é o avanço das políticas econômicas. Foi a resposta de 73% do ouvidos.

Saída da Ford

Quando questionados sobre a saída da Ford, 35% disseram crer que o principal impacto será uma maior concentração de mercado entre as montadoras existentes e só 8% acreditam na chegada de uma nova fabricante ao país. 75% acreditam que nenhuma outra montadora deixará o Brasil em 2021.

As marcas mais fortes para encarar 2021 são, na ordem, Stellantis, GM, Volkswagen e Toyota, segundo a pesquisa.

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Outros números

41% do destino das exportações deverá ser a América do Sul. Para os entrevistados, o principal empecilho para a exportação de autopeças é o custo das matérias primas (71%).

As concessionárias imaginam uma guinada no setor, que será cada vez mais voltado ao comércio eletrônico. As operações com maior potencial de crescimento são o serviço das oficinas, com 54%, seguido de venda de peças e acessórios, com 46%. A venda de veículos foi citada por apenas 21% dos entrevistados.

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