sábado, 27 de julho de 2024

Quando vai acabar a crise dos semicondutores?

O último levantamento da AutoForecast Solutions mostrou que 167 mil carros estão deixando de ser produzidos por semana no mundo, contra 200 mil, em 2021

Um dos principais vilões da alta do preço dos carros, os semicondutores voltaram ao foco recentemente, depois que empresas do setor demonstraram terem aumentado as reservas de componentes, aliviando um pouco os problemas globais na produção de veículos. Mas a dúvida ainda é: quando vai acabar a crise dos semicondutores? Estamos perto de voltar à normalidade?

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A resposta mais precisa é que não será em 2022. Ainda é preciso mais do que um semestre para vermos o fim da crise, que se arrasta desde o início da pandemia. A data mais certa ainda varia de analista para analista. Os mais otimistas imaginam o primeiro trimestre de 2023. Os pessimistas estimam que só em 2024 teremos a normalização. E há quem acredite que nunca voltaremos à escala que tínhamos até o início de 2020…

O último levantamento da AFS – AutoForecast Solutions – mostrou que 167 mil carros estão deixando de ser produzidos por semana no mundo. No ano passado eram mais de 200 mil por semana, em média – e um total de 10,5 milhões de veículos a menos no mercado em 2021. A AFS monitora o ritmo de produção em 400 fábricas no mundo todo.

A melhora no cenário se deu depois da construção de duas grandes fábricas de chips, uma na Alemanha e outra na Malásia. Além das duas fábricas abertas, outras 27 estão previstas até o fim de 2023.

O ritmo de perdas na produção é menor, mas está longe de zerar. Só de janeiro a abril, o Brasil deixou de produzir 107 mil veículos nas 14 fábricas que de alguma forma são impactadas. A Ásia ainda é o continente mais atingido pela escassez dos chips, com mais de 600 mil veículos não produzidos em 2022.

Brasil estuda produzir chips semicondutores

Segundo a Anfavea, o Brasil pode produzir seus próprios semicondutores. Um estudo mostrou que seria necessário um investimento de US$ 2 bilhões (R$ 10 bilhões) para o país ser autossuficiente em chips.

Segundo a Anfavea, o estudo é liderado pelo governo federal, com participação de montadoras, fornecedores e universidades. A construção seria em “prazo não muito distante”.

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