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Ram Dakota será a ‘irmã chique’ da Fiat Titano. Saiba como o produto ganhou vários nomes

Picape deriva de um projeto chinês que já passou pela Peugeot, Fiat e agora chegou à linha da Ram com o nome da icônica Dakota que foi muito cobiçada no Brasil dos anos 90

A picape que deu origem à Titano segue sua saga para monetizar ao máximo a Stellantis. Agora será a Ram que modelará o produto para lançá-lo no próximo ano com o nome de Dakota, simbólico para a marca no país. Titano e Dakota terão o mesmo motor turbodiesel 2.2 (200cv) que já equipa outros produtos das marcas.

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A estratégia da Stellantis é deixar a Titano na briga com as versões de entrada das picapes tradicionais (Hilux, S10 e Ranger) e a Dakota batendo de frente com as versões mais caras. A faixa de preço deve ficar acima de R$ 250 mil.

A apresentação da Dakota foi feita na noite de quarta-feira (13/08) com uma versão conceito chamada de Nightfall (fotos deste texto). Para lançar como Dakota a Ram mexeu bastante na frente do veículo, deixando-a mais agressiva. Considerando que a versão apresentada é um conceito – e por isso está equipado com rodas maiores e acessórios premium – resta saber se o modelo vai manter o distanciamento da simples Titano na versão que chegará às lojas em 2026.

Ainda não há uma definição de todos os detalhes da nova Dakota, mas por dentro ela também será mais sofisticada que a Titano.

Volta da Dakota

O nome Dakota é simbólico para a Ram, da época em que ela ainda se chamava “Dodge” (leia aqui caso você tenha cochilado e ainda não saiba que Dodge e Ram são marcas separadas).

A Dakota foi, em 1998, o símbolo da volta da Chrysler ao país. A Chrysler era a dona da Dodge nesta época e montou uma fábrica no interior do Paraná. A picape Dakota foi produzida entre junho de 1998 e abril de 2001 nesta unidade. O modelo da época não se assemelha em nada ao atual.

A Dakota foi escolhida para vir ao Brasil porque se tornou um sucesso no mercado norte-americano. Naquela época a marca das picapes era Dodge e o nome Ram referia-se ao modelo. Assim, a picape grande da época era a Ram e a Dakota ficou conhecida nos EUA como “Baby Ram”.

A saga da Titano/Dakota

Para você entender como chegamos a situação atual da Fiat e a Ram dividindo um mesmo produto no Brasil:

A chinesa Changan desenvolveu na China uma picape para atender vários mercados. Com o nome “Changan Hunter” a picape ficou disponível apenas para os chineses, mas em 2020 ela chegou pela primeira vez na América do Sul. Importada desmontada da China, a picape era apenas montada no Uruguai e aí virava um produto da Peugeot chamado “Landtrek”, que foi vendido no Uruguai, Chile e Argentina.

No ano passado a Stellantis decidiu trazer o produto ao Brasil, mas como a Peugeot não tem tradição com picapes no mercado nacional, o grupo optou por dar a missão para a Fiat. Assim foi lançada a Titano, ainda importada da China em pedaços e montada no Uruguai.

Também no ano passado a Stellantis decidiu compartilhar o produto com outra marca de seu portfólio, a Ram. Assim nasceu a Ram 1200, que é de fato a Titano apenas trocando as marcas da carroceria para o padrão da Ram. A Ram 1200 não chegou ao Brasil, mas substituiu a Ram 1000 em mercados como México e Colômbia. A Ram 1000 era a Fiat Toro com a identidade visual da Ram.

Com tantas variantes e um volume de vendas bom, a Stellantis decidiu parar a importação chinesa e fabricar a picape na Argentina, utilizando o motor diesel que a empresa já utiliza em vários de seus modelos. Assim nasceu a Titano atual vendida pela Fiat e assim nasce a Dakota, que é de fato uma Titano mais refinada.

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