sábado, 18 de maio de 2024

Este carro de 45 anos foge de um ferro-velho: 80% da produção ainda está nas ruas

Bom projeto, manutenção básica, cliente bem intencionado: seriam essas as razões para a durabilidade dos carros?

Quanto tempo dura um carro até ele virar sucata? A depender desse modelo da Mercedes-Benz, décadas e mais décadas. A montadora afirmou que das 500 mil unidades do Classe G produzidas ao longo de 45 anos, 400 mil ainda estão rodando pelo mundo. A incrível marca de 80% de utilização chama a atenção.

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Não existe um índice oficial de durabilidade de um modelo, mas dificilmente um carro dessa idade dura tanto tempo. Que modelos 1979 estão rodando nas ruas até hoje? Em geral, eles perdem relevância antes mesmo de virarem um clássico. E quando viram clássico, são poucos os modelos que acabam sendo disputados por quem tem dinheiro.

Por que um carro dura tão pouco? São vários os motivos. O primeiro é a obsolescência das peças. Com o tempo, fica mais difícil achar peças e mais caro fazer uma manutenção de qualidade – aquelas em que se evitam peças paralelas ou adaptações, mais conhecidas por gambiarras.

Em mercados mais ricos, os carros usados acabam sendo descartados mais facilmente. Não existe um apego, de fato. Em mercados menos abastados, carro usado é sinônimo de necessidade e em geral ele dura o quanto valer economicamente. Se uma retífica de motor custar um carro velho rodando, as pessoas irão encostar o carro com motor ruim e seguir para um carro funcional.



No caso dos modelos Mercedes, a grana quase sempre fala mais alto: eles todos tem potencial para clássico, é verdade, mas teoricamente são caros de manter. Ou os donos ricos gastam a mais para manterem por gostarem do modelo ou ninguém mais vai tê-los. Mas o Classe G conseguiu um feito: ele dura.

Como sempre foi um carro bem construído, ele não dá problemas sérios. Basta fazer as manutenções em dia e você terá um tanque de guerra na garagem. E assim muito Classe G velhinho está até hoje rodando por aí. Os endinheirados continuam comprando zero, oa amantes de clássicos continuam mantendo e até quem tem menos dinheiro consegue ter um, pois um usado sempre é mais barato.

O desafio da Mercedes será manter um Classe G durável na era dos elétricos. Até hoje ninguém sabe quanto tempo durará um modelo elétrico, não importe a marca. Como as baterias ainda têm vida útil relativamente pequena e a troca delas é extremamente cara por enquanto, dificilmente veremos as primeiras gerações de elétricos terem longevidade. Nem mesmo o Classe G será capaz.

Publicada originalmente em

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