sexta-feira, 10 de maio de 2024

Carro do futuro: 2024 é o ano em que as montadoras de carros farão suas apostas

Fiat, Chevrolet, Volkswagen e BYD anunciam investimentos bilionários, mas elas estão partindo em direções diferentes. Qual será o carro nacional do futuro?

Você já sabe que a forma como se fabricam os carros está mudando. A eletricidade chegou para ficar, mas aqui no Brasil ainda não se sabe o que vai de fato emplacar: o carro todo elétrico ou o híbrido? As apostas estão lançadas. Neste texto falo sobre como as marcas tradicionais e as novatas no Brasil estão enxergando os 10 próximos anos no país.

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BYD Han é uma das apostas da BYD no mercado brasileiro (foto: BYD/ divulgação)

É normal que em um momento crucial como esse as montadoras mudem suas estratégias e 2024 é o ano em que isso será definido para a maioria das montadoras que estão no Brasil. A América do Sul vive agora uma onda que começou mais cedo em outros continentes. O momento chegou e por aqui não é segredo que ele foi acelerado pela “nova” chegada dos chineses.

Sim, nova porque lá em 2010 houve uma primeira invasão dos chineses com projetos que eram copiados e de gosto duvidoso. Os chineses aprenderam rápido. Hoje as marcas que vem de lá apresentam projetos confiáveis e alguns mais avançados do que temos atualmente por aqui. O BYD Dolphin é um exemplo claro do que estamos falando.

As apostas da BYD e da GWM, outra gigante chinesa, estão em cima de trazer a produção de carros elétricos ao Brasil. Embora a GMW já tenha declarado que sua aposta ficará também sobre os híbridos. Híbridos são veículos que utilizam motores elétricos e convencionais ao mesmo tempo.



Mas e as fabricantes tradicionais?

Elas tiveram que adiantar suas estratégias por motivos diversos, mas sempre com alguma influência chinesa. A Ford, por exemplo, decidiu sair do país como fabricante em 2021. Fez isso porque não viu no Brasil um mercado que justificasse alto investimento para esse momento de mudança e porque precisava concentrar seus investimentos em mercados onde ela vive uma pressão intensa dessas marcas, e ainda da sua conterrânea Tesla.

A Stellantis, atual líder do mercado nacional, corre contra o tempo para implantar plataformas híbridas no país. Já anunciou que os primeiros frutos deste investimento devem chegar já no final de 2024, com um produto da Jeep. Em seguida o Pulse, em 2025, deve ser o primeiro híbrido nacional da Fiat. A Stellantis já deixou claro que sua aposta principal estará nos híbridos.

O motivo é que a empresa acha que a existência do etanol brasileiro aliado à eletricidade já torna possível a criação de um carro verde. Não que a gigante europeia tenha pensado nos produtores de etanol para tomar essa decisão, mas ela é muito favorável ao mercado nacional.

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Toyota, Chevrolet e Volkswagen

A aposta em híbridos foi lançada no Brasil com a japonesa Toyota. Foi a pioneira em colocar estes veículos nas lojas com produção em larga escala. A empresa até agora não demonstra uma mudança radical de rumos.

A Chevrolet também anunciou investimentos bilionários para renovar sua linha. Certo é que a marca não deixará o Brasil, como a Ford e como várias mentiras neste sentido que foram espalhadas em grupos pela internet. Deve produzir híbridos e aposentar alguns dinossauros que estão em seu armário, como o motor 1.8 que atualmente equipa a Spin. Assim como a Fiat, vai apostar nos híbridos.

A Volkswagen ainda é considerada um enigma. Ela anunciou que na sexta-feira, 2 de fevereiro, fará um pronunciamento sobre seus planos futuros. A marca já vende elétricos no Brasil, mas são carros importados e muito caros. A marca também seguirá investindo no Brasil e seu primeiro produto deste “novo futuro” deve ser um crossover do porte do Pulse, que é chamado de “novo Gol”.

Qual será a estratégia do futuro?

Fato é que estamos vendo estratégias diferentes sendo colocadas em práticas. A BYD está apostando em um futuro totalmente elétrico a curto prazo, as marcas que já estão aqui dizem que não é bem assim. Teremos produtos muitos diferentes no mercado, é fato, mas ainda faltam respostas para muitas perguntas:

O comprador de carro e o vendedor de peças vão entender híbridos e elétricos como mercados diferentes? Teremos carregadores suficientes por aí? O mercado de usados vai tratar como os elétricos? Profissionais da área de oficinas mecânicas migrarão para a parte de elétrica? São perguntas que ainda não têm respostas. E a depender das respostas que virão, poderemos ter uma parcela de consumidores com um pepino em mãos.

E você? Qual sua aposta para o mercado nacional de veículos para os próximos 10 anos? Comente abaixo.

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