sexta-feira, 26 de julho de 2024

Quem é Nikita Mazepin, piloto russo expulso da F1 por causa da guerra na Ucrânia

Piloto não resistiu às pressões pelo banimento de tudo que envolvia a Rússia na categoria.

A equipe Haas oficializou o que muitos esperavam. Depois da patrocinadora master russa Uralkali, foi a vez do piloto russo Nikita Mazepin sair da equipe para a disputa da temporada 2022. Os motivos são políticos: uma retaliação à guerra promovida pela Rússia em território ucraniano. Pelo mesmo motivo, o GP da Rússia já havia sido cancelado.

Foi uma quebra de contrato com o piloto, já que Mazepin tinha não só essa mas a próxima temporada garantida com a equipe. O longo contrato era atrelado à patrocinadora russa, já que na F1 quem traz dinheiro de patrocinador garante uma vaga. No caso de Mazepin, era mais que isso. O pai dele é o dono da patrocinadora.

Mas quem é Nikita Mazepin? É apenas um piloto que comprou vaga na Fórmula 1 com ajuda de um pai bilionário? Seria injusto retratá-lo apenas assim.

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O jovem piloto – completou 23 anos no dia 2 de março – fez toda a categoria de base e se credenciou para estar em alto nível. É claro que o pai abriu as portas, ao colocá-lo em todas as equipes, do kart à F1, mas Nikita também fez a parte dele.

Em 2016, aos 17 anos de idade, ele guiou um F1 pela primeira vez, em um teste na Force India. Agradou e virou piloto de desenvolvimento da equipe.

No final de 2020, conseguiu a vaga na Haas, ao lado de Mick Schumacher. “É um sonho de uma vida”, disse na assinatura do contrato. Porém, dias antes da estreia, se envolveu em grande polêmica. Foi acusado de assédio sexual contra uma jovem que o acompanhava no carro em Abu Dhabi. Imagens de celular mostraram ele colocando a mão dentro da blusa da jovem, que o repeliu.

O piloto se desculpou, a equipe foi a público passar um pano e ele conseguiu permanecer na categoria em 2021. Mas agora, sem que ele tivesse nenhum envolvimento com a guerra, ele deixa a F1, como se a punição pelo assédio sexual tivesse demorado um ano para sair.

O quarto piloto russo da F1 na história – depois de Vitaly Petrov, Sergey Sirotkin e Daniil Kvyat – deixa a categoria com 21 corridas, um 14º lugar como melhor resultado, e o apelido carinhoso de Mazespin, um trocadilho com a palavra spin, que significa rodar. E ele rodou.

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