Valor máximo é alcançado se motorista fizer as recargas respeitando os ciclos da bateria
Uma bateria com vida útil maior que a do motorista. Esta pode ser a definição da super bateria desenvolvida pela Tesla, de Elon Musk.
Atualmente, as baterias de carros elétricos têm vida útil limitada – em geral de menos de 400 mil quilômetros. Isso significa que em algum momento será preciso trocar o conjunto de baterias para o carro seguir rodando, uma manutenção que pode não ser simples nem barata.
Desta maneira, a super bateria da Tesla pode ser encarada como revolucionária, já que dará total segurança para quem quiser migrar dos veículos a combustão para os elétricos, principalmente quando o mercado amadurecer e a oferta de elétricos usados se tornar grande.
Não é só carregar de qualquer jeito
A conta de 3,6 milhões de quilômetros – 2 milhões de milhas – é baseada na autonomia. A bateria em desenvolvimento terá 15 mil ciclos de recarga. Multiplicando os ciclos pela autonomia do veículo – em média de 240 quilômetros – a conta fecha.
Por isso é importante que o dono seja cuidadoso e faça as recargas no tempo certo, evitando gastar um ciclo desnecessariamente. Se a autonomia der para três dias de uso, não faz sentido o dono recarregar o carro todos os dias só para manter o veículo em 100%. Uma pesquisa feita pela Tesla mostrou que os americanos rodam, em média, 50 quilômetros por dia com os elétricos.
Mas mesmo que ele seja pouco cuidadoso e gaste um ciclo de recarga por dia, ele ainda terá bateria por 41 anos, promete a Tesla.
Como comparação, um smartphone é projetado para funcionar por 600 ciclos de carga até começar a apresentar falhas. Um MacBook tem mil ciclos de vida. Portanto a Tesla terá bateria 15 vezes mais durável do que um notebook e 25 vezes mais que um celular. E é isso que a gente espera, que um carro dure muito mais.
O bom também é que Elon Musk pretende levar, futuramente, a nova bateria para dentro de casa, em aparelhos do dia a dia.
Polêmica com o lítio
Elon Musk entrou nos trending topics do Twitter nesta segunda-feira (19/10) por causa das eleições na Bolívia. Em julho, o americano disse que poderia apoiar um golpe contra Evo Morales para facilitar a importação de lítio. A Bolívia tem reservas gigantescas da matéria prima da bateria usada pela Tesla – e por todo o mercado.
Nesta segunda, o candidato Luís Arce, aliado de Evo Morales, foi apontado como provável vencedor da disputa.
